Pela
primeira vez em Goiânia, nos dias 10, 11 e 12 de dezembro o Grupo
Sutil Ato, de Brasília/DF, apresenta em Goiânia (Centro Cultural
UFG), o espetáculo Autópsia, Atos I (19h) e II (21h), com
direção de Jonathan Andrade. A obra foi considerada o melhor espetáculo teatral
Brasiliense de 2014, pela imprensa e crítica especializada, e tem classificação
indicativa para maiores de 18 anos.
As
apresentações em Goiânia contam com o patrocínio da Secretaria de Cultura do
DF, por meio do Fundo de Apoio à Cultura, e com o apoio da Universidade Federal
de Goiás – Escola de Músicas e Artes Cênicas, por meio do FUGA – Festival
Universitário de Artes Cênicas de Goiás.
Autópsia – Atos I e II
Oito corpos em cena. Oito personagens nus. Despidos de pudor ou moralidade. Um espetáculo sobre violência, opressão e liberdade. Autópsia é uma adaptação de cinco clássicos do dramaturgo brasileiro Plínio Marcos, um dos mais importantes nomes da escrita teatral brasileira. O título revela o desejo de abrir e esmiuçar os aspectos mais viscerais e brutais do comportamento humano, assim como era a obra de Plínio.
Dividido em 2 atos, que são apresentados em horários diferentes em um mesmo dia, Autópsia recria o universo marginal esmiuçado pelo autor maldito, e coloca em cena a carne e o sangue dos atores, que se entregam vorazmente aos seus papeis, criando uma catarse estranhamente afetuosa com o espectador, que pode enxergar humanidade, mesmo ao revelar temas brutais, como prostituição, morte e violência.
Em 2014, Autópsia realizou temporada por 4 cidades do
Distrito Federal, tendo sido assistido por aproximadamente 2.500 pessoas. No
mesmo ano foi selecionado para se apresentar no Festival Internacional de
Brasília Cena Contemporânea, um dos mais importantes festivais do país, sendo
considerado pelo público e crítica do jornal Correio Braziliense como o melhor
espetáculo brasiliense, com uma das melhores direções da mostra.
AUTÓPSIA busca na força da obra de Plínio Marcos a complexa e densa realidade ética, política e econômica de algumas paisagens humanas desoladoras, onde seres humanos persistem e insistem em sua sobrevivência. Solidão, amor, esperança, poder, sonhos, memórias, opressão, violência, desejos e liberdade. Os textos usados na montagem foram: Navalha na Carne, Abajur Lilás, Dois Perdidos Numa Noite Suja, Querô – Uma reportagem maldita e Quando as Máquinas Param.
Sutil Ato
O Grupo Sutil Ato surgiu em 2002, no Departamento de
Artes Cênicas da Universidade de Brasília. Sua proposta inicial passava pelo
trabalho de pesquisa visando a criação de espetáculos autorais a partir da
investigação de materialidades poéticas da cena. A direção dos espetáculos
passava tanto pelo frescor do trabalho de Jonathan Andrade e Catarina Melo,
quanto pela experiência de diretores como Hugo Rodas.
A partir de 2006 o Sutil Ato se consolida como trabalho de grupo,
passando pela experiência da profissionalização e da atuação de forma
independente. Desde então somam-se 5 espetáculos montados, e a contemplação em
prêmios e editais nacionais, com circulação de trabalhos em diversos eventos
brasileiros.
Nesses 9 anos de pesquisa continuada, o Sutil
Ato busca formas de interação com outros núcleos como modo de
construção de uma obra dialógica e retroalimentada pelos estudos correntes.
Com este propósito, a temporada em Goiânia é feita em parceria com
alunos e professores da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal
de Goiás, que se tornaram os anfitriões de Autópsia na capital goiana, por meio
do Festival Universitário de Artes Cênicas – FUGA.
Plínio Marcos, o autor maldito
Plínio Marcos (Santos SP 1935 - São Paulo SP 1999) renovou os padrões
dramatúrgicos brasileiros, levando para os palcos, em plena ditadura militar,
um realismo duro e cruel, feito de diálogos e situações vividas pela população
pobre e favelada, de um Brasil cheio de contrastes econômicos, éticos e
sociais.
Visceral, mórbido e contundente, Plínio não se rendeu às negociatas
propostas aos artistas da época. Ele não reescreveu suas frases para que fossem
liberadas, tampouco alterou contextos, formas e personagens. Com isto, seu
teatro despudorado e furioso levou à proibição de toda sua obra. Plínio passa
então a se auto proclamar "O autor maldito". De 1960 a 1975 seu
trabalho recebe todas as chancelas de proibição cabíveis.
Artistas como Tônia Carrero e Sérgio Mamberti foram amigos e intérpretes
de seus textos. Segundo eles, a obra de Plínio arrancava dos atores os
sentimentos mais viscerais e os expunha inteiramente humanos em suas cenas. Em
depoimentos eles denotam toda admiração pelo criador, que eles consideram,
junto a Nelson Rodrigues, o autor que verdadeiramente criou um teatro
brasileiro.
AUTÓPSIA
- FICHA TÉCNICA
Direção: Jonathan Andrade
Elenco: Alneiza Faria; Jeferson Alves; Maria Eugênia Félix; Mário Luz; Pedro
Ribeiro; Regina Sant’Ana; Ricardo Brunswick; Maria Claudia Fernandes
Cenografia e figurino: Jonathan Andrade
Iluminação: Dalton Camargo e Moises Vasconcellos
Sonoplastia: Cesar Lignelli - Músicos: Junai Gonzaga e Marcos da Cruz
LINKS
PARA VÍDEOS DO ESPETÁCULO:
Teaser de divulgação: https://www.youtube.com/watch?v=wOqq9-coAUU
Espetáculo AUTÓPSIA - Grupo Sutil Ato
(DF)
Datas: 10, 11 e 12 de dezembro de 2015. (Quinta, Sexta-feira e Sábado).
Horários: 19h – Ato I (duração: 1h30min)
21h – Ato II (duração: 1h15min)
Local: Centro Cultural UFG - Avenida Universitária, número 1533, Setor
Leste Universitário - Goiânia- Goiás.
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia-entrada para estudantes,
idosos, professores).
Telefone CCUFG: (62) 3209-6251.
Classificação Indicativa: 18 anos.
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