sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Centro Cultural UFG e Escola de Música e Artes Cênicas apresentam o 66º Recital em Homenagem à Nhanhá do Couto com o recital do pianista José Eduardo Martins

Centro Cultural UFG e Escola de Música e Artes Cênicas apresentam o 66º Recital em Homenagem à Nhanhá do Couto, com o recital do pianista José Eduardo Martins, dia 20 de agosto (segunda-feira), as 20 horas no centro Cultural UFG - Praça Universitária. Entrada Gratuita. No dia 21 de agosto (terça-fera), no mesmo local, teremos uma Conversa com o músico as 16h. Programa: Carlos Seixas (1704-1742) Duas Sonatas Do menor (15) Sol Maior (46) Gilberto Mendes (Santos 1922- ) Homenagem aos 90 anos! Sonatina Mozartiana (1951) Allegro Andante Allegro Eurico Carrapatoso (Mirandela - Portugal 1962- ) Seis histórias de crianças para divertir um artista (sob poesias de Violeta Figueiredo) (1ª audição no Brasil) O Raposo O fax do Papagaio D. abutre e o corvo Pombo-torcaz A minhoca Crocodilo A preceder cada peça o pianista lerá a poesia correspondente Claude Debussy (1862-1918) Sesquicentenário de nascimento Danse Sacrée - Danse Profane (transcrição para piano: Jacques Durand) Berceuse Héroïque Étude pour les cinc doigts Étude pour les tierces Étude pour les arpèges composés L'Isle Joyeuse ___________ Maria Angelica da Costa Brandao – Nhanha do Couto
José Eduardo Martins nasceu em 1938 na cidade de São Paulo, onde estudou com o professor russo José Kliass. Mais tarde, trabalhou durante alguns anos em Paris, com Marguerite Long, Jean Doyen e matérias teóricas com Louis Saguer. Seu vasto repertório estende-se do barroco à contemporaneidade. José Eduardo Martins tem 22 CDs gravados na Bélgica, Bulgária e Portugal, lançados pela Labor (U.S.A.), Portugaler and PortugalSom (Portugal) e, sobretudo, pelo selo De Rode Pomp, da Bélgica. É autor de diversos livros sobre música. José Eduardo Martins é Doctor Honoris-Causa pela Universidade Constantin Brancusi da Romênia e Acadêmico Honorário da Academia Brasileira de Música. Recebeu em Bruxelas, do governo brasileiro, a Ordem do Rio Branco e, por concessão de Sua Majestade Alberto II, Rei dos Belgas, a nomeação como Officier dans l’Ordre de la Couronne. Professor titular aposentado da Universidade de São Paulo. 66 RECITAL EM HOMENAGEM A NHANHA DO COUTO
– nasceu em 20 de agosto de 1880 na colonial Ouro Preto. Influenciada por seu pai, o maestro Francisco Vicente Costa e por sua mãe, Angelica Honorata Torres da Costa, também desde cedo se interessou pela musica. Aos 13 anos já se apresentava ao piano em recitais realizados no Rio de Janeiro e em Ouro Preto. Seu pai desejava vê-la tocar em grandes palcos, mas esse sonho se encerrou com o falecimento precoce de Francisco Vicente . Conforme relato de sua neta Belkiss Spenziere Carneiro de Mendonça, Nhanha perdeu, ao mesmo tempo, o pai, o mestre e o guia musical... Tudo mais foi esquecido! Carreira brilhante, glorias, palmas e flores. Em 1899 conheceu, apaixonou-se e se casou com o goiano Manoel Luiz do Couto Brandao, jovem goiano que estudava odontologia em Ouro Preto. O casal muda-se para a antiga Vila Boa levando na bagagem a mobília austríaca, um piano francês e a urgência de Nhanha em promover a vida cultural vilaboense: organizava matinês dançantes, audições de musicas, quermesses, grupos de teatro e festas à fantasia. Em 1914, cria uma orquestra para musicar os filmes mudos exibidos no recém-inaugurado Cinema Luso- Brasileiro. A orquestra tambem realizava concertos cujo repertorio seguia a moda operística da metrópole carioca. Já Nhanha, se exercitava tocando sonatas de Beethoven, valsas de Chopin, Preludios e Fugas de Bach e musica de compositores brasileiros como Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga. Nhanha do Couto foi também professora, integrando o quadro do tradicional Lyceu de Goias, alem de ter em sua própria casa um curso de alfabetização. Desse curso veio a iniciativa de levar essa pratica para moradores de lugares distantes. Com o aval do governo estadual, Nhanha foi pioneira na implantação do ensino rural, primeiro na região de Catalao, depois em Santa Luzia, Luziania e outras cidades. Nessas localidades, alem da alfabetização, organizava peças teatrais, festas cívicas e coros orfeônicos, realizando , por que não dizer, uma revolução artístico-cultural em terras goianas. Uma revolução que se ampliou através de sua neta Belkiss Spenziere Carneiro de Mendonça, preparada por Nhanha para realizar um sonho: a criação de uma escola de musica na jovem capital de Goias. Em 1955, Belkiss Spenziere Carneiro de Mendonça, junto com o Maestro Jean Douliez, cria e assume a direção do Instituto de Musica da Escola Goiana de Belas Artes, cujo primeiro corpo docente foi constituído por Maria Lucy da Veiga Teixeira, Maria Luiza Povoa da Cruz e Dalva Maria Pires Machado Bragança. Desvinculando-se da Escola de Belas Artes em 1956, o Instituto passa a chamar-se Conservatorio Goiano de Musica, e, em 1960, integra as cinco unidades que constituíram a Universidade Federal de Goias, com o nome de Conservatorio de Musica, hoje , Escola de Musica e Artes Cênicas da UFG.

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